sábado, 1 de outubro de 2016

Boca de urna...

Tinha meu voto para prefeito certo e definido até ontem à noite, fundamentado no princípio que o meu candidato era o de melhor currículo, experiência para o cargo, nivel cultural bastante completo e outras qualidades de somenos importância.

Ao recolher minha correspondência, encontrei um folheto de outro candidato, onde detalhava o seu Plano de Governo. Como não percebi nenhuma proposta de ação diretamente voltada à chamada Terceira Idade - à qual resignadamente pertenço - enviei, através do Messenger, essa minha observação ao candidato, salientando o abandono e descaso aos quais meu bairro foi relegado nos últimos quatro anos.

Para minha surpresa, cerca de meia hora depois recebi sua resposta, que de maneira extremamente cordial e atenciosa, descreveu suas propostas para os idosos, contemplando as áreas da saúde, transporte, atividades físicas e esportivas, centros de convivência, acesso a medicamentos, amparo, etc.

Pelo tom da mensagem e da linguagem franca e amistosa, foi fácil perceber que não se tratava de nenhum trabalho de assessoria de imprensa. Fiz um teste, enviando a mesma mensagem ao outro candidato, aquele no qual estive propenso a votar, sem qualquer manifestação até o presente momento.

Num instante crítico da campanha eleitoral, receber tal cortesia só fez com que eu passasse a ver com outros olhos a sinceridade desse candidato, que para novamente me surpreender, retornou uma nova mensagem, onde declarei meu apoio, além de garantir no mínimo mais quatro votos, só aqui de casa.

Tem certas atitudes, que de tão inesperadas, chegam a se tornar raridades no âmbito das relações sociais. Neste caso, terei quatro anos para conferir se tomei a decisão mais acertada...