sábado, 26 de dezembro de 2015

Incógnita de Ano Novo

Antigamente eu adorava esta época do ano, quando a gente fazia planos e projetava sonhos e desejos, que esperava ver realizados no ano prestes a se iniciar.
Era muito bom idealizar uma viagem, a matrícula ou formatura em um novo curso, trocar de carro ou saber que a família iria aumentar.
Lembro da alegria que foi para mim e minha família mudar para nossa casa nova, mais ou menos nessa época, próxima do Natal.
E mesmo que não se tratasse de algo de natureza material, só a expectativa de gozar boa saúde, continuar bem no emprego, trabalhar fazendo o que eu sempre adorei, eram coisas que pareciam tangíveis, iluminando o horizonte do futuro imediato.
Isso foi antigamente. Hoje, graças ao panorama político e social que nós mesmos construímos, o que temos são nuvens sombrias, dúvidas e incertezas.
Aliás, incertezas, não. Há uma certeza e convicção plena de que o que teremos pela frente será ainda pior do que estamos enfrentando agora.
Ou vcs acham que com a volta da inflação descontrolada, do desemprego, da crescente violência urbana, dos caos na Saúde e na Educação, na ausência de líderes com espírito público, corrupção desmedida e desenfreada campeando solta em todos os níveis de administração, de norte a sul do país, ainda teremos o que temer, a não ser o pior?
É por essas e outras que não vou enviar a vcs os tradicionais votos de Feliz Ano Novo. A única coisa que espero é que daqui a um ano, entre os trancos e barrancos, tenhamos todos sobrevivido...

sábado, 19 de dezembro de 2015

Faxinando...

Pretendo em breve fazer uma faxina nas minhas redes sociais, selecionando melhor quem eu creia valer a pena manter como seguidores. Os primeiros que levarão um pé na bunda serão os terríveis e abomináveis politicamente corretos. 
Depois, eliminarei aqueles inoportunos intrusos, que insistem em dar suas opiniões, sem que elas sejam pedidas. Em seguida, vou filtrar aqueles "amigos" que passam mais de um ano sem dar sinal de vida e sequer um "curtir" de vez em quando. Sei lá se ainda estão vivos... 
E se depois disso ainda restar alguém, será automaticamente sagrado "A.P.S.", ou seja, "Amigo Para Sempre" e receberá de presente um pen drive que terá uma gravação da música de mesmo nome, na voz de Julio Iglesias. 
Pode ser que nessa altura do campeonato eu esteja sozinho na minha TL. Mas como dizia minha saudosa vovózinha, "antes só do que mal acompanhado". Sobretudo se você esbarrou sem querer numa caixa de marimbondos...

segunda-feira, 14 de dezembro de 2015

Olhares vesgos

Imprensa toda, como moscas varejeiras (aquelas que se alimentam de carniça...) em peso insistem do argumento mais imbecil, idiota e descabido de que "as manifestações tiveram bem menos público que as anteriores"...
Mas que cacete, se em cada manifestação tivesse tão somente UM PARTICIPANTE, já seria o suficiente para demonstrar o quanto esses - repito, ESSES - governos que estão aí (municipal, estadual e federal) são repudiados e odiados pela população.
Tenho vários amigos jornalistas e acredito piamente que nenhum deles estaria mais preocupado com o número de manifestantes do que as razões que levam as pessoas a participar delas.
É como estar num pequeno bote de borracha, no meio de um temporal em alto mar e ficar discutindo ou argumentando que não gosta de comer sardinha. Não sei se a metáfora foi das mais felizes. Acho que saborear arroz doce com sardinha frita deve ser muito pior...