sábado, 26 de dezembro de 2015

Incógnita de Ano Novo

Antigamente eu adorava esta época do ano, quando a gente fazia planos e projetava sonhos e desejos, que esperava ver realizados no ano prestes a se iniciar.
Era muito bom idealizar uma viagem, a matrícula ou formatura em um novo curso, trocar de carro ou saber que a família iria aumentar.
Lembro da alegria que foi para mim e minha família mudar para nossa casa nova, mais ou menos nessa época, próxima do Natal.
E mesmo que não se tratasse de algo de natureza material, só a expectativa de gozar boa saúde, continuar bem no emprego, trabalhar fazendo o que eu sempre adorei, eram coisas que pareciam tangíveis, iluminando o horizonte do futuro imediato.
Isso foi antigamente. Hoje, graças ao panorama político e social que nós mesmos construímos, o que temos são nuvens sombrias, dúvidas e incertezas.
Aliás, incertezas, não. Há uma certeza e convicção plena de que o que teremos pela frente será ainda pior do que estamos enfrentando agora.
Ou vcs acham que com a volta da inflação descontrolada, do desemprego, da crescente violência urbana, dos caos na Saúde e na Educação, na ausência de líderes com espírito público, corrupção desmedida e desenfreada campeando solta em todos os níveis de administração, de norte a sul do país, ainda teremos o que temer, a não ser o pior?
É por essas e outras que não vou enviar a vcs os tradicionais votos de Feliz Ano Novo. A única coisa que espero é que daqui a um ano, entre os trancos e barrancos, tenhamos todos sobrevivido...

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