terça-feira, 28 de outubro de 2014

Carta a um eleitor desanimado

Caro Fábio: 
o que acredito tenha acontecido no domingo é que essa súcia agora encastelada no poder soube, a custa de muita mentira, violência, falsidade ideológica, omissões e intimidação, "vender" a ideia de que o Regime Militar personificou toda a maldade, opressão e esmagamento das liberdades individuais como nunca antes na História da humanidade. Vivi todo esse período e posso assegurar que isso não é verdade, pois quem sofreu com a repressão foram aqueles que insistiram em levar, mediante a violência da guerrilha, o Brasil para os lados do comunismo. 

Pois foi exatamente essa coletividade comunista, que não lutava contra uma ditadura, mas sim para implantar outra, de natureza bolchevista, semelhante à de Cuba que modificou os fatos e transformou, distorcendo a versão oficial, todo e qualquer simpatizante da "direita política" em um satânico representante de algo que era preciso extirpar da face da Terra, a qualquer preço. 

Com isso, e usando mão de obra gratuita, constituída sobretudo pelos "professores barbudinhos", e em especial os de História e Sociologia do ensino médio, tiraram dos jovens em idade de entender e fazer sua opção ideológica, qualquer iniciativa de ser "contra" os violentos princípios guevaristas, albaneses e posteriormente bolivarianos que, um a um, foram conquistando cada vez mais espaço, bloqueando pela pressão psicológica pura e simples, o surgimento de novas lideranças e vozes ativas que fossem capazes de fazer frente à intimidação pela violência, estratégia muito comum dentro das hostes petistas, refinada pela prática exercitada em assembleias, plenárias, comícios e passeatas.

Soube o PT intimidar as novas gerações de tal forma, que dizer que alguém era de "direita"  significava imputar-lhe uma maldição, que aderia sobre o acusado como uma verdadeira tatuagem. Mesmo hoje, poucos são aqueles que ousam levantar a voz e enfrentá-los numa discussão ou debate. A técnica de abafar pelo ulular, pela vaia, pela mentira, o coitadismo, o rancor e o ódio distilado por suas lideranças e militância como que sufocou ainda na garganta o grito de revolta e indignação diante de tanta corrupção, contra tanta bandidagem. 

Em junho do ano passado, a sociedade inconformada com tantos desmandos e rapinagens foi às ruas e, pela força das vozes somadas, deu o seu recado, que de uma forma ou de outra, acabou chegando aos ouvidos moucos de Brasília. Passada a surpresa e o "estarrecimento" inicial, os cultores da violência e da desordem contra-atacaram, na forma dos Black Blocs, claramente insuflados pelos mentores petistas e R$ 50,00 de remuneração por cabeça. Pagos com dinheiro público, é obvio. Usando as táticas exaustivamente ensaiadas e praticadas no interior do partido, esses marginais conseguiram seu intento, que era justamente intimidar o cidadão de bem, persuadindo-o a não mais ir para as ruas, provocando a reação violenta das Polícias Militares, que sem preparo e comando, tratou todos os manifestantes da mesma forma, ou seja, "desbaratando" as manifestações populares também na base da violência.

Sem oposição nas tribunas e sem oponentes nas ruas, os petistas conseguiram seu intento. Por mais quatro anos, no mínimo, estarão nadando de braçada, preparando a volta de Lula, à custa de míseros R$ 70,00 mensais por cabeça, pagos por voto pró PT com dinheiro público, concessão de vagas em universidade mediante vergonhosas cotas para afro descendentes, subsídio - também com dinheiro público - de sub-moradias alegremente chamadas pelos incautos contemplados pelo Minha Casa, Minha Vida. 

E pra não dizer que o brasileiro não é um povo solidário, estará também contemplando os "cumpanhêros" de países vizinhos com polpudas quantias para construção de portos, aeroportos, estradas ou a pura e simples quitação de suas dívidas com o sistema financeiro internacional. 

Por isso, meu caro Fabio, o seu sentimento também é o nosso. Digo nosso porque você não está sozinho em sua frustração, desencanto, desânimo e incredulidade. O Brasil inteiro está de joelhos, não em atitude de respeitosa oração, mas sim caído, submisso, humilhado e envergonhado daqueles filhos que sequer fugiram da luta. 

Simplesmente porque foram incapazes de nela entrar, seja por despreparo, por receio ou por aquilo que infelizmente mais creio: a omissão, uma odiosa omissão, assim, pura e simples...

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