Não é segredo que uma das metas da publicidade é agregar valores,
diferenciais e benefícios às marcas e produtos.
Bem planejada e executada, a publicidade constrói e mantem
a imagem do anunciante sempre renovada junto ao público e mercado em geral.
Para isso um dos recursos mais utilizados é o uso de BORDÕES, que são frases curtas e
simpáticas, de boa sonoridade e fácil memorização.
Há bordões clássicos, como o famoso "Venha correndo Mappin", o "Tomou seu
Toddy Hoje?" e ainda o "Só Esso dá ao seu carro o máximo", pra citar alguns exemplos.
Como redator publicitário, o que ultimamente me incomoda é a falta de bordões
inteligentes e criativos, que diferenciem mensagem e anunciante, valorizando o conteúdo.
Em vez disso, como recurso fácil na falta de idéias, dois bordões estão aparecendo de forma indiscriminada em peças publicitárias que vão de imóveis a fraldas descartáveis,de bebidas a roupas de cama, de combustíveis a ração para cães.
O primeiro explora uma situação comum nas grandes cidades brasileiras, as filas enormes para praticamente tudo que se procure adiquirir.
Buscando provocar algum estímulo, certos redatores apelam logo para o "CORRA E GARANTA O SEU".
É como se em lugar de se organizar e manter uma certa ordem, o público receba um comando para agir como gado em disparada, onde os mais ágeis e espertos podem atropelar e passar por cima de qualquer umpara levar vantagem. A meu ver, abominável...
O segundo bordão discutível é o manjadíssimo "TÁ ESPERANDO O QUÊ?", uma frase que relega o públicoa uma condição de pasmaceira contemplativa e de iniciativa duvidosa.
Pessoal de criação: que tal botar a cabeça pra funcionar e fugir dessas fórmulas prontas, de gosto e eficiência duvidosas?
É um apelo que faço, em nome de uma publicidade mais eficaz e de melhor qualidade.
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