Lembro-me perfeitamente, como se fosse hoje, o momento que me tornei
ouvinte da Rádio Bandeirantes.
Foi exatamente às 14 horas e 03 minutos de um domingo frio, escuro e
chuvoso, dia 15 de junho de 1958.
Antes que alguém pergunte como é possível tamanha precisão, digo que
foi a hora em que Vavá, o nosso centroavante Peito de Aço assinalava o
primeiro gol do Brasil contra a seleção soviética, então URSS, pela
Copa do Mundo da Suécia.
Estava eu absorto na leitura de uma história em quadrinhos quando ouvi
aquele grito de gol, através da heróica transmissão radiofônica da
Bandeirantes. Só não me recordo se o narrador era Edson Leite ou Pedro
Luiz.
A partir daquele dia e até hoje sou ouvinte da Bandeirantes, tendo
acompanhado a carreira de praticamente todos os grandes
apresentadores, narradores e comentaristas que por ela já passaram.
Não vou relacioná-los pois a lista seria muito longa e a gente sabe que,
pela Internet, textos longos costumam afugentar os leitores malversados
nos encantos do idioma.
Para os da nova geração, meu desejo de que mantenham a tradição e
continuem fazendo o melhor rádio do Brasil.
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